sábado, 31 de julho de 2010

Before the lobotomy

Dreaming
I was only dreaming
of another place and time
Where my family is from

Singing
I can hear them singing
When the rain had washed away
All these scattered dreams

Dying
Everyone's reminded
Hearts are washed in misery
Drenched in gasoline

Laughter
There is no more laughter
Songs of yesterday
Now live in the underground

Life before the lobotomy
Christian sang the eulogy
Sign my love a lost memory
From the end of the century

Well, it's enough to make you sick
To cast a stone and throw a brick
When the sky is falling down
It burned your dreams into the ground

Christian's lesson is what he's been sold
We are normal and selfcontrolled
Remember to learn to forget
Whiskey shots and cheap cigarettes

Well I'm not stoned
I'm just fucked up
I got so high I can't stand up
I'm not cursed' cause I've been blessed
I'm not in love' cause I'm a mess

Like refugees
We're lost like refugees
Like refugees
We're lost like Refugees
The brutality of reality
Is the freedom that keeps me from

Dreaming
I was only dreaming
of another place and time
Where my family is from
Singing
I can hear them singing
When the rain had washed away
All these scattered dreams
Dying
Everyone's reminded
Hearts are washed in misery
Drenched in gasoline
Laughter
There is no more laughter
songs of yesterday
Now live in the underground

Sou constantemente vitima do pré-julgamento das pessoas. Sou a piada sem graça, o comentário desnecessário. Sou o poeta sem as palavras. Sou a caricatura idealizada, a mosca da sopa. Mas antes de tudo, sou alguém tentando me achar no meio desse mundo tão sem graça.

Vivo cansado. Vivo reclamando, errando e repetindo os erros. Vivo de sonhos. Vivo sem sonhos. Vivo só nesse mundo de merda. Vivo procurando não sei o que.

Ou a gente vive tendo razão das coisas, ou a gente vive feliz. A partir de agora eu escolho a segunda opção. Cansei de estar certo. Cansei de alguns hábitos. Cansei da entrega, cansei da preocupação. Cansei da boa educação. Cansei de viver. Cansei de escrever.

E hoje cansei até de te agradecer.

domingo, 25 de julho de 2010

Ermida Dom Bosco

De forma espontânea, me distancio dos meus amigos. Vago só buscando estabilidade. A noite é fria e calma. O vento gelado e as luzes distantes me dão uma falsa sensação de paz. Ando acompanhado de vozes queridas. Eles cantam belas canções. Ando acompanhado desse sentimento de incerteza e tormento. Levo junto comigo o ar dentro dos meus pulmões, o sangue das minhas pernas. Levo o sorriso infantil e o amor do mundo.

Fico chocado pela quantidade de lixo naquele local. A poluição faz com que a noite perca seu brilho. O ar não é tão puro. A grama não é tão cheirosa e o lago não é tão bonito. De repente as coisas perdem o sentido.

As vezes não suporto esse excesso de sentimentalismo barato. Mas eu sou assim. Meio contraditório, meio vazio. Como esse post.

Obrigado pela leitura!

terça-feira, 6 de julho de 2010

O metrô de uma segunda qualquer.

Chego cedo a estação de metrô. Hoje o tempo é meu aliado. A oficina de teatro acabou. Acabou a oficina, acabou a amizade. Ficou o carinho e um pouco de saudade. Saudade rima com amizade. Grande coincidência eu estar sentindo saudade de tantos amigos.

Não sei se volto ao teatro. A construção de uma peça teatral é desgastante e exaustiva. E eu me questiono até que ponto vale a pena manter esse desgaste desnecessário.

Questiono várias coisas. Sou um misto de incertezas e convicções. Mas em semanas estressantes, até a mais firme das minhas convicções, como um passo de mágica, pode se transformar em uma incerteza.

Entro no metrô. Escrever é a terapia escolhida ao acaso. Sento no chão sujo. Hey leitor! Tenta falar “sala suja, chão sujo” bem rápido! É divertido! Divido o chão sujo com um morador de rua que dorme e outras crianças que saíram de suas aulas.

Meu corpo pede descanso. Minha mente responde: agüenta firme! Só falta uma semana! Definitivamente, preciso de férias de mim mesmo.

A imagem do morador de rua é triste e curiosa. Enquanto o Brasil inteiro se questiona sobre o maior culpado da derrota da seleção na copa do mundo, me questiono como ele foi parar ali. Questiono se o ato de dormir o faz sentir menos cansado. Sempre que me sinto mal, penso em personalidades ilustres como aquele nosso amigo morador de rua. Nem dá pra reclamar. Chega de escrever por hora.

Volto do metrô. Escrevo para controlar a ansiedade. Espero por uma ligação que não vai chegar. Um pedido de desculpas, talvez. Temo o futuro. Temo ficar só. Aquela felicidade do post passado se foi. Nossos melhores sonhos tendem a serem curtos. Espero voltar a dormir tranquilamente em breve. Sou o culpado de minha própria desgraça.Meu coração bate forte, pedindo uma ação. Sinto meus desejos mais profundos traírem a racionalidade. E eu não sei o que fazer. Chego ao meu destino. Hora de voltar a realidade. Sala suja, chão sujo!

Obrigado pela leitura!