quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O dilema de Harvey Dent

-Você não vai querer ferir o garoto, Harvey! (começa com a fala do Batman)
-Não se trata daquilo que eu quero, se trata do que é justo! Você disse que poderíamos ser homens decentes em tempos indecentes. Mas você estava errado... O mundo é cruel. A única forma de justiça nesse mundo cruel é o acaso.(...)

- O que houve com Rachel não foi o acaso. Nós decidimos agir. Nós três.
-Então porque foi só eu que perdi tudo?
-Não foi...
-O coringa me escolheu...
-Porque você é o melhor da gente. Ele queria provar que até mesmo alguém tão bom como você pode se corromper.

E assim ao acaso, Harvey Dent tentou matar Batman, ele mesmo e uma criança. Confesso leitor, gosto dessa relação de justiça ao acaso. Assim como Harvey sou bem pessimista. Pessoas decentes ficam para trás. Pessoas boas constantemente sofrem o risco de perder aquilo que tem.

Acho interessante também quando ele conversa com Batman sobre Rachel.
Ele afirma “perder tudo”. Batman nega. A negativa que na verdade veio de Bruce Wayne e de forma sincera. Porém Bruce usa uma mascara, o que impede Harvey de encontrar alguém para compartilhar sua dor.

A sociedade exige uma mascara. E essa mascara nos impede de mostrar a nossa dor. De compartilhar a nossa dor. A sociedade de mascarados não dá espaço para a tristeza. E por isso Harvey morreu como vilão. Se sentindo sozinho.

Tentei postar a cena, não consegui. Aos interessados:

http://www.youtube.com/watch?v=lY7xhnJtlkE

E continuo a dizer, Batman explica a logística desse mundo. Basta olhar as coisas de uma outra forma. Obrigado pela leitura!

6 comentários:

  1. Quer dizer que és escritor... massa!

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  2. É, usamos máscaras mesmo!
    E leva um tempo até podermos tirar a máscara com uma pessoa específica. Leva tempo, amor e entrega (mesmo que o amor em questão seja amizade).
    Mas é possível! Ainda mais se há confiança de que a pessoa não achará ruim te ver sem máscara...
    Já tirei minha máscara pra vc algumas vezes... espero q vc saiba!
    :***

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  3. Não existem pessoas boas ou ruins. O que determina é a circunstância em que elas tomam suas decisões e como tais decisões afetam sua própria vida e a dos outros.

    Não basta ser uma boa pessoa, o importante é ser uma pessoa competente, que transforma suas qualidades nos resultados esperados.

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  4. ao segundo anonimo (ou seria o mesmo que o primeiro?)
    acho engraçado vc comentar meu post de mascaras. sendo vc um anonimo, já está mascarado. haha!

    não concordo com algo que vc disse:
    "Não basta ser uma boa pessoa, o importante é ser uma pessoa competente, que transforma suas qualidades nos resultados esperados."


    Hittler era super competente no que fazia. O que não foi necessariamente bom... Pelo menos não sob minha ótica.
    Adoro a polêmica e a discordância. O exemplo foi para vc pensar. ;D

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  5. Já que você gosta de exemplos, lá vai outro: Se o seu objetivo é ser bom para as pessoas, só ser uma boa pessoa nem sempre é o suficiente. É preciso de uma série de fatores: ser bem humorado e divertido não significa que você vai divertir e trazer felicidade para as pessoas ao seu redor. Em algumas situações você vai ser chamado de idiota e tolo, por exemplo. Em outras você não vai conseguir quebrar o gelo com as pessoas, e por aí vai.

    É isso que eu me refiro como competência: saber usar as qualidades que tem (bom humor, ser divertido) para atingir os objetivos (fazer bem as pessoas) estabelecidos. Não basta ter bondade, é preciso ter atitude. Saber agir certo na hora certa.

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  6. Muitas vezes é neste ponto que nós fracassamos e perdemos a esperança: temos qualidades mas não sabemos usá-las e consequentemente, não conseguimos atingir nossos objetivos.

    Essa foi pra você pensar. :D

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