Provavelmente arrancarei a
antipatia de muita gente escrevendo isso. Mas sinceramente só consigo gostar um
pouco (bem pouco mesmo!) daquilo que ando lendo por ai. Não importa se é apenas
um intelectual do fb, psicólogo, antropólogo, analista ou pseudocaralhoista
quem escreve. É como se esse assunto que vou chamar vulgamente de guerra dos
sexos estivesse totalmente esgotado por quem cita a dominação masculina através
dos tempos como justificativa justa ou injusta para a criação do lulu. Não sou
idiota suficiente para desprezar nossa (vergonhosa) história. Mas acho
interessante utiliza-la para pensarmos a frente. E é isso que tentarei fazer
nesse texto.
Começo minha critica com uma
frase da Rachel do Filme Batman Begins que define bem o que penso sobre o
caráter humano: “Bruce, não é o que você é por dentro, mas aquilo que você faz
que define você.” Fácil para qualquer leitor dizer que concorda com isso. Mas
estamos vivendo em uma sociedade de grande culto as aparências, portanto,
louvando o pseudo intelectualismo. Conheço mulheres que chegam em um grupos de amigos específicos falando que
piroca de Joãozinho é maravilhosa e grande e, ao mesmo tempo, condena o
aplicativo lulu por conta de uma suposta vingança feminina. Meio contraditório,
no mínimo.
E falando no lulu. Quem me conhece, sabe. Gosto de falar besteira. Já fui taxado de machista por isso. Ou por gente que prefere rotular a conversar, porque ‘não gosta de conversar com machista’. Em contrapartida, já fui chamado de “um dos caras mais feministas que conheço” por algumas amigas. E sim, tem haver o que faço.
E falando no lulu. Quem me conhece, sabe. Gosto de falar besteira. Já fui taxado de machista por isso. Ou por gente que prefere rotular a conversar, porque ‘não gosta de conversar com machista’. Em contrapartida, já fui chamado de “um dos caras mais feministas que conheço” por algumas amigas. E sim, tem haver o que faço.
Louvado seja Rachel que nos fez
refletir sobre nossas atitudes. Juro, que se tivesse religião, rezaria todos os
dias para que sua alma estivesse em um bom lugar. Se o segundo filme do Batman
teve algum defeito, tenho certeza que foi sua morte.
Uma vez conheci um cara que
adorava falar que as mulheres não prestavam pra isso, isso e aquilo. De início
ele conquistou minha antipatia, e de todas as mulheres, claro. Com o período de convivência (viajamos juntos
com um grupo durante algumas semanas), percebemos o quão carinhoso e respeitoso
ele era com as mulheres e suas falas machistas não passavam de uma grande e
estúpida brincadeira. Nada a ser levado a sério.
Entendo um pouco quem discorde de
mim. Afinal, em uma sociedade em que um shorte curto é interpretado como um convite
a estupro, palavras como a do meu amigo acima ganham uma força muito maior do
que as atitudes dele.
Já entrei em banheiro de festa
bêbado falando que fazia sexo com a Megan Fox todo dia. O curioso é que muitos
ali também. Sempre arrancamos boas risadas disso. E ninguém levava a sério.E
esse tipo de cena é a síntese do que é o lulu. Uma brincadeira assim meio
bestona.
Nunca fui frequentador de
banheiro feminino. Entrei algumas vezes por engano, principalmente quando era
pequeno. Nunca consegui ouvir o papo que as mulheres tem no banheiro feminino.
Mas imagino que muitos deles não são muito diferentes daquilo que é colocado no
app. Diferença entre o lulu e o banheiro feminino? Exposição, chuto eu. No app
ela é democrática, ainda que os homens precisem ter o trabalho de cancelar
conta. Já no banheiro feminino, a coisa foge ao nosso controle, sem ficarmos
sabendo, claro.
A aqueles que não querem
exposição que o lulu leva: saiam do facebook e vivam num conto de fadas onde
ninguém comenta de ninguém, por favor. Mas não venham com processo em cima de
um aplicativo desses. Você não foi exposto porque alguém disse que você arrota
e peida. Tenho certeza que existem problemas na justiça mais importantes. E uma
criança faminta poderia ser salva se você pensasse menos no seu próprio umbigo.
Ainda
tenho esperança que antes da próxima era glacial possamos entender coisas básicas
que contrariam o senso comum, como que mulheres não tem culpa por sofrerem
violência. E ai, quem sabe, o aplicativo lulu não seja colocadoem seu
verdadeiro lugar:como algo que não deveser levado a sério.
“O lulu objetifica o homem”:
Quantos relacionamentos não são mantidos através do sexo?! Isso quer dizer que
chega um momento em que os namorados (as) são apenas objeto sexual? Ser 100%
politicamente correto só reforça a hipocrisia humana. Falamos sim uns dos
outros.
“O lulu reforça esteriótipos”:
Não acredito, mas pode até ser que sim. Em um mundo onde os serem que fogem do esteriotipo comum para
fazer parte de uma espécie alternativa de esteriotipo, não dá pra fugir muito
disso. Chamo de viver em sociedade. Querem mudança? Solicitem novos padrões de
boas características.
Ai me
vem esse tal de tubby. Confesso eu pensei em usa-lo para revelar a intimidade
sexual da Megan Fox pra todo mundo. Só que por mais desocupado que eu esteja
essa semana, dormir tem sido uma atração mais interessante. Além disso, ninguém
acreditaria em mim. (contem ironia ai, tá?) Patetico? Deplorável? Não sei se encontro adjetivos
melhores para definir ele...só tenho a lamentar. É mais uma prova que vivemos
em uma sociedade patética. Falar dos outros não implica em revelar momentos íntimos. Isso é coisa de quem tem problemas sérios de
autoconfiança.
Não se
trata de uma relação maniqueísta da guerra do sexos. É só uma brincadeira boba.
E todo esse auê criado por ai é necessário refletirmos sobre uma sociedade mais
igualitária. Mas mostra o quão jurássica é a nossa mentalidade. E é o que
justifica o título desse texto.
Obrigado pela leitura!
Obrigado pela leitura!
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