Pela primeira vez posso afirmar que começo um texto a mão. Poderia estar fazendo o que faço de melhor: socialização. Só para constar, comecei esse texto ao ar livre em um momento em que as pessoas normalmente se socializam. Eu poderia sair por ai falando com todo mundo. Não me acrescentaria nada intelectualmente.
To vivendo uma fase de valorização do intelectual. Valorizo poemas e poetas, mesmo que as vezes não consiga interpretar-los. Valorizo textos rebuscados. Meu desafio é compreende-los. Valorizo pensamentos inteligentes, pessoas inteligentes. Meu objetivo é cativar-los (sim, foi só pra ficar bonito).Sei que ainda estou longe disso, mas tenho medo de, pela perpetuação dessa fase, me tornar anti-social. Porque se socializar, em condições normais, é mais do que um habito: é um vicio.
No atual momento vejo que as pessoas estão perdendo a graça. Está tudo sem graça. Nem os pensamentos chatos de dias atrás me parecem tão relevantes. Não agora... A exceção feita por alguns acontecimentos da sexta, o que inclui a minha mancada sensacional.
Caro leitor, esse ser que aqui escreve não consegue visualizar as cores do mundo, sentir os abraços sinceros, muito menos valorizar a companhia de bons amigos.
E por isso escrever tem se tornado meu novo vicio. Ainda que me falte habilidade, a escrita tem me acrescentado muito intelectualmente. Porque o conhecimento é a única coisa possível de ser valorizada atualmente. E a arte da socialização, da qual tenho doutorado, tem deixado de ser tão instigante. Porque as pessoas do mundo perderam seu encanto. O “socializar” ainda é minha virtude. Parece deixar de ser meu vicio. Ainda é cedo para concluir.
Um belo dia, se tudo der certo, a escrita deixará de ser apenas um vicio e se tornará uma virtude. E nesse dia, a vontade de conhecer pessoas novas será apenas um passatempo sem relevância. Nem virtude, nem vicio. Até lá vou parar de me preocupar com tudo que me acontece em minha volta e ao mesmo tempo deixar de ser tão indiferente como agora. Buscarei o equilíbrio. Um dia vou conciliar meus vícios com minhas virtudes e ser alguém muito melhor do que sou hoje. É isso que a gente precisa. Aprender a conciliar nossos vícios e nossas virtudes. São nossas características únicas, que moldam nosso caráter.
Caro leitor, hoje devo te pedir desculpas. Devolvo elogios empolgantes com um post de péssima qualidade, bem egocêntrico e quase nada reflexivo. Antes de nada, foi um momento de auto reflexão extremamente necessário para minha pessoa. Espero obter sua compreensão. Valorizem a arte, porque ela nunca perde seu encanto. Aquele filosofo revoltado, cujo nome não ouso a tentar escrever, as vezes parece certo.
Obrigado pela leitura!
Ok, a vida é feita de fases. Fiquei com uma curiosidade. O que vc tem lido?! ;)
ResponderExcluirPato, seus textos têm mais conteúdo do que você imagina. Eu tenho certa facilidade pra escrever, mas não sei sobre o que dissertar. E você vem frequentemente falar de aleatoriedades que sempre me fazem pensar. Isso é ótimo. :)
ResponderExcluirNão acredito que socializar menos e pensar mais pode te fazer anti-social. Longe disso, você só não está mais exagerando, talvez tentando chegar ao equilibrio!
ResponderExcluirSe esse mundo que você vive está sem graça, mude....mudar sempre faz bem!
Ah! Não pense em vícios e sim em prazeres ^^
Pato, foi você quem escreveu essa maravilha?
ResponderExcluirPensei que ao chegar aqui, encontraria aquele pato sarcástico e despreocupado, mas percebi uma pessoa diferente atrás dessas palavras.
ps.: Ninguém é de ninguem!
Continuee esse vício!
;* Norminha