segunda-feira, 4 de março de 2013

Ao Deus, ou ao meu imaginário:


Caro leitor,
Não sei se acredito em Deus. Sinceramente tenho preguiça de pensar nisso. Acredito que a crença em uma entidade tão complexa e grande é indiferente para o mundo e para o tal criador. Talvez a minha (e a sua) crença não façam a mínima diferença. Venerar Deus, rezar sempre e qualquer tipo de ritual religioso que conheço...sinceramente,  eu acho ineficaz. Se é necessário rezar sempre, agradecer sempre, viver de uma forma que a igreja recomenda, acho que esse Deus nosso é meio carente. Ele tem mais coisas para fazer do que ficar se preocupando com nossas pequenas preces diárias. Somos reles mortais.

Sempre achei que o importante na vida fosse lutar por um mundo melhor, conforme nossos ideais. Nem que surjam conflitos por ai como diversos assuntos polêmicos que vemos em nossa sociedade. Casamento gay é uma boa? A maconha deveria ser legalizado? Aborto é crime? Veja bem, leitor oligofrênico: todos esses conflitos vêm de diferentes ideais, mas com um só objetivo: fazer do mundo um lugar melhor. Então acharia legal agradecer a Deus pelos conflitos ao invés de deixarem homens palpitarem no lugar dele.

Caro leitor,
Não sei se acredito em Deus. Hoje passei pela loja de um shopping onde uma vendedora foi brutalmente assassinada dias atrás. O cartaz de luto era simples, porém bastante expressivo. Por esse fato, alguns podem até dizer que foi vontade de Deus, imagino. Acho uma forma inteligente de explicar algo que foge a nossa realidade. A loucura do assassino.

Não sei se acredito em Deus. Acho que podemos ser boas pessoas sem nenhuma crença. Agora se as preces e todas as formas de expressão religiosa forem feitos com o objetivo final de transformar o mundo em um lugar melhor, “que seja feito vossa vontade!”.  E o que então é um mundo melhor? Só Deus sabe. Talvez, nem ele.

Não sei se acredito em Deus. Mas preciso agradecê-lo. Porque de fato, das pessoas que conheci em minhas ‘peregrinações’ , os que tinham maior poder de resiliência se reportavam a Deus. Dá para aprender um bocado com esses pacientes...Tem histórias que fogem a minha rotina de vida que até Deus duvida. Cita-las não vale a pena. Deus te deu curiosidade para ler esse texto, sensibilidade para se sentir agredido ou conseguir me compreender e me respeitar sem moralismo e coisa do tipo. Ou ele não te deu nada disso. Não importa. 
Agradeço a leitura.