domingo, 28 de fevereiro de 2010

Uma DR com o meu blog.

Estou eu refletindo sobre a qualidade dos meus últimos posts. Pensa comigo... sempre que vc usa a escrita para falar apenas de vc mesmo, fica parecendo que vc é egocêntrico e chato. Fala sério...quem aqui quer saber detalhes do meu dia, ou do meu jeito de viver?!? Isso não é um diariozinho de uma donzela virgem e mimada. Não só a falta de comentários, mas também a minha falta de tesão em reler e recomendar os textos me faz discutir internamente qual é o objetivo do meu blog. Quando criei essa merdinha aqui, pensei em usar a escrita como forma de expressão daquilo que reflito constantemente. Um relato simples do que faço ou deixo de fazer vai de encontro aos meus objetivos.

As vezes simplesmente me falta coragem para expressar certas coisas. Há horas que não consigo ter o poder da sintetize reflexiva. Existem também idéias que me fazem querer não pensar. E acho que isso é algo que acontece com todos que tentam se expressar por meio da escrita. Talvez pelo constante medo da minha exposição que eu veja a qualidade do meu blog como oscilante. Estava conversando com Joaquina (nome fictício) outro dia que pensava em recriar um blog. Ela tinha como idéia simplesmente não divulgar o blog para ninguém, alegando “falta de coragem”. Antes de medrosa, Joaquina é uma menina inteligente. A Não divulgação das coisas evita momentos tensos e desgastantes como esse.

Concluo que muitos dos blogs são chatos pela falta de posts reflexivos e enriquecedores. Talvez vc, amigo blogueiro discorde totalmente daquilo que eu penso. Pode tentar argumentar se quiser, mas provavelmente não mudará minha opinião. Quero um blog prolixo, cheio de vai e vem e meu leitor viajante. Quero saber de pessoas que concordam, discordam ou até me façam rever meus conceitos. Quero mais abordagens ricas e menos parecidas com o quadro “o diário de macho” que passava no “casseta e planeta”.

É leitor! Acho que eu e meu blog estamos novamente em sincronia. Só poderei concluir algo a partir dos meus futuros textos. Talvez eles demorem. A espera pode valer a pena. São coisas que apenas o futuro irá determinar.

Obrigado pela leitura!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Contradições do meu mundo interno

-Mãe, vou sair.

-Meu filho, fica em casa. Descansa um pouco, só hoje...
- Não mãe, to descansado. Vou sair!

- Vc vai sair com seus amigos de ontem?
- Não, meus amigos de ontem estão cansados...vou sair com pessoas descansadas, assim como eu.

- Meu filho, acho essa sua vida social intensa...(blá blá blá!)

- Tchaaau paai! Tchaaaaau mãããae! (gritando de longe).

Acredite caro leitor. Durante as férias, esse é o tipo de dialogo mais rotineiro aqui de casa. Sou sempre o protagonista.

Ta ai uma característica bem “juvenil” minha: O gostar do social. O gostar da rua, o gostar do desconhecido. E isso se mescla com o gostar de conhecer pessoas novas, lugares novos, gostar de risos e abraços superficiais. O gostar de beijos superficiais, de relacionamentos rápidos e mal acabados. O gostar de desfrutar minha liberdade. Gostar de “ser de ninguém”. Gostar de aproveitar tudo aquilo que minha juventude pode me proporcionar.

As vezes penso que não posso ficar em casa, parado. Ficar estático envolve pouco gasto de energia. Sou jovem, preciso gastar minha energia. O descanso serve para recarregar as baterias e não para se desperdiçar tempo.

Acompanha o raciocínio! Quando deixo de sair, perco tempo. Perder tempo implica em envelhecer mais rápido. Com a maturidade vem o sentimento de arrependimento, de não ter aproveitado mais a juventude.

Quando eu tiver netos, quero contar a eles histórias da minha juventude. Quero me fantasiar jovem. Ser a caricatura idealizada da minha própria personalidade. (tente entender se for capaz!) O ritmo frenético com que as coisas giram, a forma arriscada e quase responsável de levar minha vida me fazem sentir onipotente. Serei ousado em dizer, mas sei que atrai uma certa inveja.

E se vc perguntar amigo leitor, o que aprendo com tudo isso, não obterá resposta. Não há resposta. Há apenas um desejo de mudar a forma de conduzir minha vida. Um simples desejo ser mais maduro, envelhecer, não me apegar tanto as noites e mulheres superficialmente. Há um desejo de tirar o quase de perto do responsável, poupar energia. Penso em afunilar as coisas, as pessoas e porque não, as mulheres.

“Devo tirar essa roupa de palhaço. Devo ser gente grande. Devo usar terno e gravata”.

Caro leitor, essa é uma das grandes contradições do meu mundo interno. Se a forma com que escrevo te irrita, se manifeste.

Obrigado pela leitura!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

meu dia.

Acordou atrasado. Não era o fim do mundo. Aquelas aulas não eram tão importantes. Se arrumou rápido e rumou para as aulas. Pensamentos avulsos o pegavam desprevinido como quase todo dia em sua vida. Estava sorridente, se sentia bem e não sabia o porque.

Chegou em casa, comeu mais do que deveria. Voltou para faculdade com objetivo de estudar. Levou um bolo da amiga, o que não fazia tanta diferença. Foi estudar sozinho. Tentou, mas não conseguiu. Talvez porque As cronicas de Artur sejam mais interessantes ou simplesmente pela preguiça rotineira. No fim, o bolo da amiga fez diferença.

De repente chega a aula de teatro tão esperada. Sem perceber, acaba relembrando das suas metas para esse ano. Julgar menos, continuar a valorizando e criar mais. Termina a aula de teatro exausto. Encontra o pai no bar. É apresentado para os amigos de infância do pai pela milésima vez. Tem que aturar os comentários de que cresceu. Como premio de consolação, consegue uma Soda Limonada.

Volta até o carro. Se recorda de sua inabilidade de beber refrigerante de dirigir. Senta de baixo de um bloco da asa sul. Vai tomando o refrigerante e esperando uma ligação que ele sabia que não ia chegar. De repente pensa : vou escrever sobre meu dia. Concluído o pensamento, concluído o refrigerante, começa a andar sem rumo. Tenta deixar a cabeça seguir a mesma direção. Fracassa. Talvez pela compania do MP3 e/ou dos pensamentos incomodos. Sente saudades de quando conseguia andar e respirar a paz. Precisa tentar aquilo mais vezes e sem o MP3.

Dirige para casa. Encontra um amigo que não via a muito tempo na porta da octogonal. Tenta conversar, matar a saudade. Mas percebe que a saudade já foi morta a muito tempo. Nem deve ter chegado a nascer. Foi pra casa com a cabeça, aparentemente, vazia em pensamentos. Tomou banho e sentou para escrever.

Se preocupou com a ortografia. Se desculpou pelas continuas pausas e pelos possíveis erros. E encerrou seu dia.

obrigado pela leitura!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Preso em um momento que vc não pode sair

Hoje estou mega sem paciência e não sei dizer porque. Até posso saber os motivos disso, mas negarei a existência deles. O termo “ressaca moral”, caprichosamente plagiado de outro blog explica bem certos comportamentos. Vou pegar essa idéia copiada e destrinchar de acordo com a minha ótica.

Estou tentando, assim como um amigo meu, refletir sobre algumas atitudes impulsivas que temos. Porque quando a gente é impulsivo, normalmente não medimos o nível daquilo que falamos/ fazemos. O problema é que nossas palavras e atitudes podem magoar as outras pessoas. E não pensamos nisso. Agimos sem pensar nas conseqüência e com isso somos julgados, condenados e hostilizados até com uma certa razão. Não são poucas as vezes que assumimos, mesmo que apenas no inconsciente, o papel de vitima da maldade alheia. Agora esquecemos ou simplesmente, não nos importamos quando somos protagonistas da própria maldade.

Penso que a maldade e a ingenuidade podem ser vistas como irmãs gêmeas vindo de pais diferentes. Podem, mas não devem. Não deveriam. Acho que uma das minhas metas para esse ano é ficar mais calado. Isso vai contra minha personalidade, mas me fará um ser menos inocente. Porque quando a maldade e a ingenuidade dividem a mesma placenta, a mãe se chama inocência. E se minhas atitudes inocentes, maldosas e ingênuas afetam os outros de forma negativa, significa que há algo de errado sendo conduzido na minha vida. Vamos ver até onde isso vai chegar.

estava ouvindo "stuck in a moment" do U2 agora. Essa música me faz lembrar de coisas que estão passando dentro da minha cabeça agora. Me peguei cantando alto e sorrindo sozinho. E os versos da música que quero cantar mais conseguir cantar são os dois ultimos. "It's just a moment, this time will pass".

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Desafio a gravidade


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         -Porque nos caímos? A pergunta feita pelo Alfred para seu patrão, Bruce Wayne no filme Batman begins. Talvez a resposta para essa pergunta não seja tão simples quanto parece. Aprecie a minha ótica sobre esse tema.
Sempre tive simpatia pelos fracos. Sempre gostei de pessoas que, assim como eu, se sentem deslocados no tempo e no espaço. Sempre gostei daqueles que tem “consciência social”. Esse termo eu meio que inventei ontem embora não seja propriamente dito como meu. Achei ele bem esclarecedor. Vou considerar as expressões ‘fraco’, ‘deslocado’ e ‘consciência social’ como características que podem ou não estar interligadas. Não vou me dar trabalho de explicar cada uma delas, a definição dos termos deve partir da cabeça do próprio leitor. Sim, eu sou bem democrático as vezes!
Considero quem tenha algum daqueles três adjetivos acima citadas, como pessoas sujeitas a caírem. O ato de cair é interessante. Vc pode cair por ser empurrado para o chão, por ter o cadarço do tênis desamarrado, tropeçar em alguma coisa e, porque não, vc pode apenas se jogar. Enfim, há vários motivos que podem provocar uma queda. Uma vez no chão, as coisas se tornam mais previsíveis e ao mesmo tempo, interessantes. Não importa quanto tempo demore, nem se vc recebeu ou não ajuda: a única alternativa quando se está no chão e voltar a ficar de pé. Não vamos pensar em situações fora do comum, por favor.
Há no mundo, certas verdades imutáveis. Hoje, a terra continuará girando, a gravidade nos puxará para baixo e, se tudo der certo, nosso coração continuará bombeando sangue para nossos capilares numa velocidade extremamente rápida (novamente estamos considerando que o corpo humano funcione bem). A terra gira, o coração bate e as coisas caem. Isso, caro leitor, é debilmente logico. São leis da física e antes de mais nada, leis da vida.
E ai voltamos para as pessoas que caem, estão caindo ou irão cair. Elas precisam ficar de pé. E o ato de se levantar, talvez vc nunca tenha pensado assim, é uma forma bem ousada de desafiar a gravidade. O sangue bombeado para as nossas pernas dão forças aos nossos músculos e ossos nos sustentarem nossos membros inferiores. Permanecer de pé não implica em superar a gravidade, mas significa continuar a desafia-la constantemente. E é isso que fazemos todo dia. Desafiamos a gravidade.
E ai é que entra a resposta simples, porém genial do próprio alfred a pergunta feita lá em cima.
-Porque nos caímos? Para podermos aprender a nos levantar.
E o significado das palavras pode estar apenas no nosso poder de interpretação.
Obrigado pela leitura.