segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Espartanos, arturianos e a sociedade moderna.

"My generation is zero, I never made it as a working class hero"

Nunca fui um bom leitor. Cresci assistindo televisão. Filmes de ação. Daqueles que sugerem realidades alternativas, cheias de aventura, ação e porque não, romance. Heróis idealizados Romanticamente. Anti-heróis. De repente, quis virar herói quando crescer. Mas não havia curso de heroísmo na faculdade. Optei pela enfermagem. Fui crescendo. Aprendi a ler. Ler livros de cheios de aventura, ação, muita luta, e porque não, romance.

No fundo ainda sonho em ser herói. Apenas troquei o controle remoto por livros. Um bom hábito. Ainda pretendo reler “Portões de fogo”. O livro conta a história dos 300 cavaleiros espartanos que lutaram contra dez mil persas do rei Xerxes. Mas essa história, caro leitor, vc já conhece. Se não conhecer, saia da internet e vá ler o livro. ;D O que mais me encantou desse livro foi a união dos 300 espartanos. Nem todos eles não se gostavam. Longe disso. Alguns até se odiavam, como é contado. Porém, o sistema de batalha espartano exigia que os guerreiros, com seus escudos, protegessem o companheiro do lado. Eram 300 espartanos, protegendo o companheiro do lado, unidos por um ideal. Esse espírito espartano de união, essa forma com que eles se ajudavam na batalha é de arrepiar. São conhecidos até hoje.
Então sejamos espartanos. Esqueçam as diferenças pessoais e todas as brigas e vamos nos unir. Para que? Para um mundo melhor e mais justo. Vamos lutar pela PAZ?!

Alguns vão dizer que é uma luta perdida, que vivemos em um a sociedade indecente, cheia de pessoas indecente. Vão dizer que deixar nas mãos do acaso é a única forma de se fazer justiça (fala do duas-caras no filme do Batman Darknight).

E para essas pessoas, vou citar Artur. Não o rei Artur das histórias infantis. Mas um Artur descrito por Bernad Cornwell(é o atual livro que to lendo). Filho bastardo de um rei, guerreiro notável, sonhador. Artur idealizava uma Britania cheia de paz. Sonhava em obter uma vida simples, sem batalhas.E mesmo sabendo que lutava por uma causa impossível, Artur não abria mão de lutar pela paz. O resultado disso é que ele é, de uma forma ou de outra, conhecido até hoje. E é um daqueles personagens de livro que vc aprende a admirar com o menor esforço.

Então leitor, sejamos espartanos. Sejamos arturianos. Sejamos pessoas melhores do que somos hoje. Lutemos por um mundo melhor!
Penso em usar essas idéias como um possível discurso de formatura. Haha!
Obrigado pela leitura!

domingo, 19 de setembro de 2010

Um novo olhar


-Professor, aqui tudo é muito chato. Aqui as pessoas são iguais e tem o mesmo perfil. Quando eu estava no ensino médio, sempre me diziam que uma das graças da faculdade é justamente conhecer várias pessoas. Pessoas diferentes, de diferentes idéias, diferentes classes sociais, cursos diferentes, com sonhos e histórias diferentes. E aqui todo mundo é muito igual. Isso me deixa bastante chateado.

-É Vitor. É compreensível que vc sinta falta dessa biodiversidade. E é uma coisa que falta aqui mesmo. Mas pelo que eu vejo do seu estilo de vida, vejo que vc têm muitos amigos. E vc, em sua vida pessoal já busca naturalmente essa biodiversidade. Tanto é que a primeira coisa que vc quando sai do estágio é o que? É procurar gente que atua em outras áreas. Vc busca isso, vc busca esse contato novo.

E de repente, em um desabafo oportunista, um dos meus maiores problemas se transforma em uma das mais fantásticas soluções.

Dizem por ai que na faculdade encontramos vários professores picaretas. Eu digo, as vezes encontramos educadores também.

Ensina a encarar determinadas situações com um outro olhar, é o privilégio de poucos. Conseguir atingir esse nível de maturidade é um desafio.

Apresento a vocês minha mais nova meta.

E a foto expressa um pouco dessa biodiversidade encontrada ao acaso.

“Faço o melhor, que sou capaz, só para viver em paz”

Obrigado pela leitura!

sábado, 11 de setembro de 2010

Certezas

Quais são as nossas certezas da vida?!

Na vida, a única coisa certa é a morte.

Então porque temos certeza das coisas? Cada ser tem certeza de alguma coisa. Certeza de Deus, certeza do amor, certeza de amizades e até mesmo certeza do que será melhor no futuro e do que deveria ter sido feito no passado.

Confesso leitor, odeio pessoas cheias de certeza, convictas.

A vida é um conjunto de oscilações e mudanças. Não há uma verdade absoluta para nada. A verdade varia de acordo com o olhar.

As certezas são imutáveis, inflexíveis. As certezas são tão certas da existência de uma única verdade para tudo, que até cansa.

As certezas são certas.
O resto é incerto.

Mas além da morte leitor, há uma certeza.

A de que não seremos os mesmos depois da leitura desse lapso de reflexão. E que iremos refletir a respeito.

Obrigado.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Conflitos da área de saúde.

Aonde vai para esse mundo? Não sabemos. Tudo que sabemos é que estamos caminhando para uma sociedade sem amor. Essa idéia não é original, vem do instinto blog de uma amiga.

Como a maioria dos leitores aqui sabe, sou estudante de enfermagem. Faço parte de alguns projetos onde tenho o privilegio de interagir com estudantes de medicina. Nesses tempos tenho debatido muito sobre a desunião evidente na área de saúde. O quanto que uma equipe de saúde desunida pode prejudicar o usuário do sistema.

Mas porque a área de saúde é desunida? Não deveríamos estar unidos em prol do paciente?! Não deveríamos esquecer todas as desavenças pessoais e pensar exclusivamente na prevenção, cura ou conforto daqueles que estamos assistindo?!

Aqui no Brasil, nosso sistema de saúde é totalmente centralizado no médico. Dizem que isso está mudando. Não sou tão otimista assim. De maneira geral, médicos desde quando são estudantes, possuem um complexo de superioridade. Não os culpo, afinal o caminho para o ingresso na medicina é torturante. A sociedade vê os médicos como seres próximos de Deus.

Ai vem a enfermagem, uma classe buscando afirmação. Tão importante quanto o medico, mas sem o mesmo reconhecimento. Composta quase que totalmente por pessoas do sexo feminino (sim, eu vivo num harem!). Muita mulher junta é sinal de confusão. E muita confusão mesmo! Tantas e tantas brigas, uma mais idiota que a outra que sou obrigado a testemunhar todo santo dia.

O leitor mais esperto pode concluir que a enfermagem briga entre si desde o inicio do curso de formação. Assim como os médicos. De maneira geral, um quer mostrar saber mais do que o outro. São orgulhosos e arrogantes. Conheço alguns estudantes/profissionais de medicina bem bacanas, pessoas interessantíssimas e acima de tudo com traços de humildade. Essas pessoas trazem um pouco de esperança a esse ser tão pessimista que aqui escreve, ainda que seja uma exceção a regra.

Agora a pior briga que encontramos é entre Médicos e Enfermeiros. Orgulho, vontade de se auto-afirmar e diferenças pessoais. São os principais motivos dessa merda toda. Daí vem fisioterapeutas, dentistas, nutricionistas que se sentem tão desvalorizado quanto o enfermeiro.

E de fato, caminhamos para uma sociedade sem amor. E começamos vendo isso na área de saúde. E aonde o mundo vai parar?

Obrigado pela leitura!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A reza do pato

Já vou avisando. Esse post pode ser polemico. Entre na minha mente e veja as coisas do meu jeito. Caso não consiga, simplesmente pare de ler.

Não são poucas as vezes que me pego pensando no meu passado. Acho que todo mundo é assim. Somos apegamos ao passado para relembrar de algo bom, que nos faz sentir cheio de orgulho na maioria das vezes. Um processo de auto-afirmação muito bem mascarado. Hoje, em uma atitude corajosa, relembro de um tempo em a ingenuidade era extremamente grande e as mulheres eram seres de outro mundo: meus 13 anos.

Aos 13 anos comecei a integrar um desses grupos de jovens de igreja. Não vou expor nada sobre qual igreja e religião porque as próximas linhas por si só já conterão bastante polemica.

Eu lembro que as pessoas desse grupo falavam para a gente rezar. E quando a gente rezava, deveríamos falar com Deus (ok, religião cristã) como se fosse nosso amigo, no nosso linguajar.

Fico pensando como se aplicaria isso hoje em dia. Até porque eu sempre Xingo pesadamente meus amigos. Penso também no que eu poderia pedir hoje em dia. E comecei a brincar de imaginar essas coisas. Compartilho o resultado disso com vcs. Espero não ofender a religião de ninguém.

“Escuta aqui seu tremendo filho duma puta, eu to de saco cheio. Sério cara, seguinte: eu cansei de querer que as coisas que eu faço dêem certo. Cansei mesmo. Eu quero é ser feliz (inspirado em uma conversa que eu tive com Amanda Fontenelli).Eu quero aprender a ter paciência, regular a ansiedade. Quero manter a concentração nos meus objetivos e quero ser feliz. Abra meus olhos para que eu enxergue apenas a felicidade. Ou os feche para que assim eu continue andando as cegas, fazendo merda atrás de merda, e que ao menos eu consiga amadurecer, enxergando um propósito para isso. Eu preciso enxergar um propósito para meus erros recentes. Preciso me conformar com o erro (aceitar jamais), perder o rancor(ou não) e caminhar com a consciência tranqüila. Preciso procurar um novo rumo. Só não sei por onde começar.

Arruma ai a mulher perfeita, daquelas suas filhas que a gente quer casar de primeira. Ou me arruma todas as outras mulheres do mundo porque eu não estou treinado o suficiente para casar. Livra ai das DSTs ou de alguma eventual brochada aos 60 anos de idade. Preciso esquecer e ignorar eventuais pessoas que insistem em abaixar meu egozinho de ferro.
Preciso de disposição pra estudar, porque a faculdade fode com minha vida. Preciso aproveitar meus amigos e tudo de bom que eles têm a oferecer. Eles são ótimos e precisam de um pato gritando ‘ninguém é de ninguém!’ a cada 30 mim. Meus amigos precisam de risadas sinceras, assim como o mundo!

Preciso de só mais uma palavra: Amém!”

Ééé leitor. O pato reza sim! Meio bizarro, eu sei. Dá pra refletir a respeito.

Opiniões a favor/ contra esse post são devidamente aceitas.

Obrigado pela leitura!