quarta-feira, 15 de agosto de 2012

On the road

Falas transcritas do trailer do filme.

"E me arrastei, como tenho feito toda minha vida...indo atrás das pessoas que me interessam...porque os únicos que me interessam são os loucos... os que estão loucos para viver, loucos para falar...que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e não falam obviedades mas queimam... queimam... queimam como fogos de artificio em meio á noite."
(Sal Paradise)

"Não sei o que há de errado comigo. Faço coisas estúpidas e penso de maneira distorcida. Não quero me consumir como chama."
(Dean Moriaty)

Acredito que em alguns momentos todos fazem o mesmo que Sal Paradise. Vão atrás dos loucos, talvez por se contagiar com a energia deles.
Acredito que em alguns momentos todos se veem como Dean. Alguém diferente dos padrões convencionais,torto e errado.


Tentando adaptar o que trazem esses dois personagens a nossa realidade, as vezes o que queremos é estar aberto á loucura. E nos consumir como chama. Mesmo que por alguns segundos.

Obrigado pela leitura!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dejavu


                -Fica só mais um pouco...
A fala dela lembrava levemente aquela cena que ele gostava tanto: 
http://www.youtube.com/watch?v=V0eG0O9qNB4
A realidade era muito menos dramática que o sonho de Teddy com Dolores. Diferente do sonho, ele insistia em ir embora. Era o momento certo.
                -Você precisa pensar...
                O envelope roxo, aquelas palavras...as paredes pintadas daquele tom avermelhado e a certeza de que aquilo era o melhor para o momento.
                Envelope Roxo...

Toda aquela pertubação incomum começara a partir daquele envelope. Ele tremeu e por alguns instantes seus olhos ficaram vazios. Tinha voltado a lembrança de um sonho que tiveram uma vez. Mais um daqueles sonhos esquisitos e mal  explicados. Sonhara com uma garota com aqueles cabelos tão característicos. Estava frio.
                -Você precisa pensar.
                Seu subconsciente lhe pregava uma puta peça. Já havia sonhado, não se sabe quando, que  entregava um envelope a aquela garota. Um envelope roxo. E ao acordar daquele sonho, havia estranhado a forma como pareceu real.
Deve ser isso que as pessoas chamam de dejavu. Era uma sensação assustadoramente encantadora. Daquelas que te fazem arrepiar toda vez que você lembra.
Obrigado pela leitura.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Pecado capital


Tão forte é a gula e o desejo do homem na hora de consumir batata com bacon. Tão fraco e gordo e pobre ele se sente depois.

Maldita é a gula que me assombra diariamente.

E aquele que não tiver pecados, que atire a primeira pedra. De preferencia nesse blogueiro obeso.



Hey, obrigado pela leitura. (: 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Teoria do Caos


Era uma vez um cachorro. Um belo dia ele resolveu atravessar a rua. Nessa hora estava passando um carro. Pai, mãe, filha e avó viajavam por uma estrada. O motorista fez a curva. O carro capotou e caiu de uma ponte (não me pergunte como!). A filha e avó, no banco de trás morreram na hora. A mãe morreu afogada. Ele sobreviveu. Pelo menos foi o que me disseram.

O acidente aconteceu a exatos oito anos atrás. Engraçado essa tal de teoria do caos. Se o cachorro não tivesse atravessado a rua, se o motorista não tivesse visto o cachorro, se eu não tivesse memória e um blog, vc leitor não estaria lendo esse texto. Isso me faz pensar no grande reflexo proporcionado por nossas pequenas ações. “o bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão do outro lado do mundo.” Ainda bem que existem filmes para explicar teorias.

Fato é, pensamos nas infinitas possibilidades, nas ironias da vida. Mas talvez o mais saudável seja não pensar. Eliminar o “e se”, substituindo por “é”. E focar no agora. Se conseguir isso leitor, por favor me ensine como. E a aquele pai, motorista do carro, espero que tenha conseguido reconstruir sua vida. Obrigado pela leitura.

domingo, 6 de maio de 2012

"E a loucura finge que isso tudo é normal"


Brindo o leitor com uma pequena parte das minhas reflexões a respeito da minha experiência na psiquiatria. Penso que todas essas questões abaixo podem (e devem) ser aprofundadas. E para isso conto com vocês que estão lendo.
(...)
As experiências de maior contato com o paciente me fizeram refletir a respeito daquilo que chamamos de loucura. A loucura, que segundo o senso comum, pertence sempre aos outros e nunca a nós mesmos. Já me disseram uma vez que o louco é aquele que foge da realidade. A diferença entre o artista e o louco é que o artista consegue fugir e voltar. O louco permanece onde esta, sem conseguir se encaixar em padrões pré estabelecidos. Talvez, em alguns momento de nossas vidas, em situações de intenso sofrimento, como por exemplo a perda de algum ente querido, invejamos os loucos por permaneceram em seu estado de alienação e indiferença.
Com o tempo, não consegui enxergar o perfil dos loucos e sim pacientes psiquiátricos. Todos que estavam ali se relacionavam de alguma forma com a realidade. Seja em gestos simples como responder pelo próprio nome ou estender a mão para apanhar o medicamento.
Em contra partida, testemunhamos muitos profissionais que demonstraram o desejo de uma evasão daquela realidade vivenciada. (...) Não podemos apenas culpa-los. Trabalhar em um hospital psiquiátrico nos faz questionar a respeito de quem precisa ou não de tratamento.
Questiono a respeito da definição de loucura. Talvez não haja cabimento a utilização do termo, visto que todos possuem momentos de alienação para com a realidade. Cabe nesse momento citar a famosa frase de Caetano Veloso: “de perto ninguém é normal”. Somos todos potenciais pacientes psiquiátricos, e em alguns momentos loucos.
(...)
Talvez alguém que esteja lendo esse blog ou a outros blogs só esteja buscando momentos de evasão da sua própria realidade. Assim como eu no ato de escrever. De qualquer forma, obrigado pela loucura!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Discurso de aniversário III


Quando entrei na enfermagem, eu não sabia exatamente o que fazer, porque fazer ou como fazer. Mas sabia que tinha que fazer. Talvez até para conhecer melhor minha própria cidade e seus habitantes. Agora, provavelmente estou na reta final do meu curso. Ainda não sei o que fazer, o porque fazer. Sei que preciso fazer.  Sei que preciso terminar o curso.Mas ando perdido...

To numa fase em que o futuro parece uma equação matemática complexa e desafiadora. Sinto, diferente de outros momentos, um potencial enorme dentro de mim. E um pouco ainda de falta de foco para aproveitar esse potencial. Deve ser isso que alcançamos com a maturidade: foco para aproveitar nosso potencial. Talvez seja por isso que os experientes são, de maneira geral, mais felizes. Talvez essa tal de experiência seja útil mesmo. Nos faz aproveitar melhor nosso potencial...Daqui a uns 20 anos talvez eu vou saber como é.

A questão é...hoje comemoro 22 anos. Não posso me dizer completamente feliz, até porque felicidade completa é utopia. Sempre precisa haver algum conflito. Ando mudando algumas atitudes, me sentindo bem com isso. Quando mudamos algo significativo em nossas vidas conhecemos novos “eus” fantásticos e surpreendedores.  É um tipo de potencial que temos e não sabemos, nem sequer exploramos. E a mudança acarreta também em perdas. Até porque o caminho certo não é sempre o mais fácil (frase dita pela velha arvore do pocahontas!).

Caro leitor, aqui escrevo a respeito de nossas escolhas. Daquilo que escolhemos por acreditarmos nos fazer crescer, seguir em frente. Mesmo que inicialmente não pareça ser tão bom assim.
Caro leitor, aqui escrevo como uma forma de continuar a pedir forças. Para continuar sendo o que sou hoje. Continuar desfrutando disso. E continuar almejando esse crescimento constante.
Caro leitor, aqui escrevo tentando descobrir, se o tanto que aprendi nesses 22 anos corresponde com aquilo que tento passar através das minhas atitudes. E esse é o desafio.
Caro leitor, simplesmente tenho que te agradecer! Por mais uma leitura!

sábado, 7 de abril de 2012

É o Rei leão ensinando a gente!


Esses dias estava passando esse desenho na televisão. Rei Leão é sem duvida um dos primeiros e mais geniais desenhos que a disney já inventou. Gosto dessa cena como um todo. Além de divertidíssima, existem alguns trechos que nos fazem pensar para valer.
Algumas delas valem a pena destacar, principalmente depois de 4:30 de vídeo.
-Quer dizer que você é um babuíno e eu não! (frase dita pelo Rafik logo no começo. Eu fico rindo horrores disso! haha!)

Simba em crise existencial...
-É, o passado pode doer. Mas do jeito que eu vejo, vc pode fugir dele, ou aprender com ele!
Depois disso, Simba desvia do golpe, pegar o bastão e joga para longe. Ele apendeu com o passado. Não só evitou a dor como também garantiu não apanhar mais. Em seguida, volta para ser rei! Vai Simba! Ser rei nessa vida!

Televisão e desenhos em excesso não valem muita coisa. Mas Rei Leão sim vale a pena rever. Esquecendo é claro, todo aquele papinho das mensagens subliminares.
Obrigado pela leitura.