quarta-feira, 17 de março de 2010

Relações em forma de palavras

Quem é freqüentador do meu blog sabe que eu adoro fazer comparações. A maioria delas são bizarras, viajantes e ainda assim conseguem fazer total sentido (opinião nada modesta desse escritor super modesto). Acreditem se quiserem leitores, mas eu trabalho bem minhas comparações. Fico tentando achar defeitos nelas toda hora...nem sempre tudo dá certo, mas vc dificilmente me derrubará com um argumento simplista.
Esses dias eu escrevi uma carta. Alem de várias bobagens, citei uma comparação que estava trabalhando para esse blog há muito tempo. Seria uma honra poder dividir essa comparação com vc leitor. Caso aceite esse presente, por favor, passe para a linha de baixo.
Penso muito sobre a forma que cada um tem de escrever. Porque a forma de escrever pode dizer muito sobre as pessoas. Vejo blogs de pessoas que escrevem rebuscadamente, de pessoas que gostam de falar delas mesmas (é o que mais tem!), de pessoas que gostam de refletir sobre as desilusões da vida, blogs de poetas...enfim! Assim como eu “avalio” a forma dos outros bloguistas de escrever, sei que sou avaliado da mesma forma. Acho que as coisas expostas aqui na internet falam muito sobre cada pessoa. A forma como escrevemos/ comentamos nos blogs alheios molda nossas relações virtuais. Até aqui, nada escrito nesse post é novidade. Nossas relações são moldadas pelas palavras.
Agora vamos pensar que todas as relações pessoais poderiam ser moldadas através da escrita. Sim, vamos pensar que as palavras não são apenas exclusividade dos bloguistas! Peço para que vc não questione, apenas tenha esse ponto de vista como verdade absoluta.
Todas nossas relações poderiam ser expressas através de palavras...algumas, de tão curtas poderiam ser expressas em pequenos períodos ou parágrafos...normalmente são relações superficiais e mal acabadas. Considero essas relações curtas muito presentes na minha vida atual. São rápidas e práticas. Quem sabe um dia me livro desse vicio.
A medida que nos relacionamos, vamos construindo períodos e parágrafos novos. Vamos moldando nosso próprio texto. E claro, todos nós ainda temos relações moldadas em textos. Não chegam a serem superficiais, muito menos densas. Alguns textos, de tão longos, não podem mais ser chamados simplesmente de textos. Se transformam em livros. Isso que é o interessante das coisas. Escrever um livro...quem aqui nunca pensou em escrever um livro com um grande amigo? E quem aqui nunca ouviu/ falou de forma apaixonada, expressões como “escrever nossa própria história”? Vejo que a analogia é valida. As palavras explicam por si só.
Algumas (poucas) relações podem ser sintetizadas naqueles livros grandes, pesados e de capa dura. São relações densas, fortes e cheias de conteúdo. São as relações para a vida toda ou ao menos grande parte dela. São realmente fortes.
E para concluir leitor, posso afirmar que criei hoje uma nova meta. Porque crio novas metas com muita freqüência. A meta do dia é escrever mais. Quero escrever novos parágrafos, transformar parágrafos em textos, os textos em livros, e os livros em histórias sem final. Porque o reforço dessa escrita realça o quanto a vida é bela e bonita se olharmos o mundo de forma otimista. Porque escrever novas relações mostra o quanto somos bonitos por dentro.
Eu realmente espero que tenham gostado/ concordado. Obrigado pela leitura!

3 comentários:

  1. Agora, já que você diz que eu escrevo de modo rebuscado, ainda vai entrar em detalhes e dizer como isso afeta minhas relações, tá? Porque eu realmente gostei da sua analogia. ;)

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  2. Agora me considero alguém "resumido" dentro de mim mesmo. Obrigado pelo bucolismo haha

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  3. Surpresa....em todos os sentidos, pois apareci aqui do nada e por saber que você escreve (acrescentando mais um "e": e porque você escreve muito bem)

    Pato, realmente gostei do seus textos. Acabou de ganhar mais uma leitora assídua =D

    bjoka

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