terça-feira, 11 de junho de 2013

Turista.

                Saia de seu compromisso a noite. Se dirigia a esplanada. Precisava fazer um reconhecimento de terreno. Vivia naquela cidade durante 23 anos. De repente parecia tudo novo e diferente. Se você acredita em astrologia, saiba que ele era taurino. De fato era territorialista de acordo com o que astrólogos diziam a respeito. Talvez ai o conflito. Esses dias a cidade ficaria estranha. Irião estragar de vez o futebol. Lembrou da primeira copa do mundo. Foi no Uruguai. Estava com a camisa daquela seleção no momento. Se não estava errado, aquela copa contou apenas com 13 seleções. Foi boicotada por europeus. A copa seguinte contaria apenas com 11 seleções...E quantos dos organizadores realmente sabiam disso?
                Estão destruindo o futebol e a sua essência. Irão destruir essa cidade. Amanha é dia dos namorados. Mas hoje (e sempre, talvez,) tenho ótimos motivos para estar de coração partido. Não se trata de uma baranga qualquer e sim do mundo que estou vivendo e daquilo que meus filhos encontrarão.

                Antes do tour começar, o rapaz dirigia acelerado. Parecia um turista ansioso para conhecer tudo. Parou na fonte. Nunca tinha ido a aquele lugar. Era naquele lugar estranho que se sentiu totalmente acolhido. Deixava a água e o vendo bater em seu rosto. Respirava. Um pouco de alívio. O Tour tinha que seguir. Mais duas fotos do que aqueles outros lugares representaram ou representam. Seguiu para o estádio. “A pátria de chuteiras”, avistava em uma placa. Quantos daqueles jogadores sabiam cantar o hino nacional? Porque o escudo é o símbolo da CBF e não a bandeira do Brasil?
                Até aquele mês passar, se sentiria um verdadeiro turista. Para o ano que vem, desejava sair do país. Assim, talvez, se sentiria em casa novamente.

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